A liberdade do caminhoneiro: bênção ou maldição?

Poder conhecer diversos locais e conversar com todo tipo de gente deve ser, realmente, uma maravilha, mas, convenhamos, não é só de contrafilé que o caminhoneiro vive. Às vezes, um pouco de osso deve ser roído e, nesse momento, é preciso avaliar os prós e contras da profissão, assim como se deve ter em mente que sem um bom planejamento não há liberdade e resultados positivos. Assim, devemos nos fazer a seguinte pergunta: A liberdade do caminhoneiro é uma bênção ou uma maldição?

Para saber a resposta, continue lendo o texto.

Liberdade equivale à falta de resultados?

A princípio, quem vive nas estradas goza de bons momentos de liberdade, isto é, pode, às vezes, rodar o Brasil inteiro, conhecer milhares de coisas e não se sentir preso a um pedaço de chão, uma verdadeira vida nômade, ainda que a família esteja esperando em casa. Por outro lado, não ter essa fixidez do espaço, ou a rotina de um trabalho, pode, também, resultar em baixa produtividade, enrolação e insucesso.

Não ter um horário certo de bater ponto e encontrar o patrão é, realmente, um grande benefício, mas é preciso lembrar que o motorista é o seu próprio chefe e, por isso, não há tanta liberdade do caminhoneiro quanto se pensa, exceto aquela que ele dá a si mesmo, o que deve ser controlado.

O que fazer para ter uma boa rotina?

• Ajustar o seu conceito de liberdade, uma vez que nem sempre tivemos a oportunidade de ter tanto tempo livre e sem cobranças.
• Reconhecer e compreender os possíveis problemas dessa liberdade, pois o caminhoneiro, ao não perceber que a liberdade em excesso pode prejudicá-lo, não conseguirá ter um retorno positivo em sua profissão.

Como lidar com a liberdade do caminhoneiro?

• Controle do tempo: Talvez um dos principais problemas do caminhoneiro, uma vez que ele deve ser capaz de controlar e gerenciar o seu tempo, reconhecendo quando deve chegar e sair de cada lugar, não perdendo prazos e trabalhos. Além disso, ao gerenciar o seu tempo, o motorista pode organizar sua rotina e não trabalhar mais que o necessário, preservando a sua saúde física e emocional.
• Organizar os pensamentos: Reconhecer o que é importante e deve ser prioridade é, portanto, um passo positivo para o caminhoneiro, uma vez que ele estabelece objetivos e metas para serem cumpridas, buscando, assim, a melhor forma de resolver os problemas.
• Não confie apenas no seu GPS: Embora seja uma excelente ferramenta, verifique as rotas indicadas pelo dispositivo, evitando, assim, cair em furadas.
• Planeje cada entrega: Faça um planejamento da sua ida e do seu retorno, buscando evitar, dessa forma, surpresas desagradáveis. É claro que nem tudo está sob nosso controle, mas quanto mais definido está o seu plano, menos surpresas irão aparecer.
• Estabeleça boas relações: É preciso se relacionar bem não só com outros motoristas, mas com as pessoas que irá encontrar em cada rota de transporte e com seus empregadores. Ao fazer isso, você terá maior respaldo das pessoas a sua volta e, talvez, uma ajuda, quando for necessário.
• Se comunique: Não se esqueça de manter contato com os seus empregadores e, também, com a sua família, assim como tenha uma boa relação com outros motoristas. Se comunicar bem irá trazer segurança para o seu trabalho e evitará surpresas desagradáveis.

Portanto, a liberdade do caminhoneiro pode ser uma bênção, ou maldição, dependendo, é claro, da forma como o motorista se comporta. Ser motorista não é, assim, apenas dirigir e sentir o vento no rosto, mas ter responsabilidade e planejar cada etapa, ainda que o seu “patrão” não esteja de olho em você.